Wander Wildner – Do Beatnik ao blasé.
Apresentação morna no festival Torneira Mecânica, no último sábado, questiona a antiga imagem de beatnik do artista gaúcho.
Não se sabe se pela gripe (que não o permitiu dar entrevistas ou ser um pouco mais simpático com a imprensa) ou simplesmente por ter adotado uma postura blasé, Wander Wildner teve uma performance intimista e sem gás para alguém que já foi comparado aos bons e velhos beatniks.
Com o seu punk brega, carregado de dissabores e dor de cotovelo, Wander subiu ao palco para fechar a noite e deixou a desejar. O show estava parado. Alguns poucos entusiastas pulavam e cantavam as músicas, enquanto o público mais novo assistia de braços cruzados o desempenho do artista. A produção acertou no som, que estava muito bom e na organização em geral. Já na escolha da atração, ponto negativo.
A estrutura era perfeita para uma grande noite e o espaço era amplo, porém quase vazio. Não sei se pelo tamanho do lugar escolhido para o festival - o Arena Futebol Clube - ou se realmente pela falta de público, tínhamos a leve impressão de que o evento não era a melhor opção para curtir o sábado.
O festival prosseguia embalado pelo som das sete bandas que se revezavam com os DJs da Criolina, o que dispersou ainda mais o público. A tenda era afastada demais do palco, o que colaborava para sustentar a desconfiança de que o evento não tinha conquistado o público. “Fica difícil subir e descer o tempo todo das tendas para o palco” afirmou Fernanda Schild, fotógrafa. Algumas das poucas reclamações foram sobre o horário de início do evento que prejudicou algumas das bandas, como a Goballa, que acabou tocando para uma platéia quase inexistente.
O show da banda The Pro foi cancelado, por motivos de saúde de um dos integrantes que não pode comparecer ao festival. Mais um desfalque. As apresentações do Watson, High High Suicides e do Etno (que até fez um apelo mal educado contra o orkut e as pessoas que usaram de má fé o nome da banda para criar comunidades e profiles falsos). foram bastante comentadas e tiveram uma energia maior do que a tão aguardada atração principal. O show da galera do Lucy and the Popsonics acabou surpreendendo. Eles conseguiram prender um pouco mais de gente na frente do palco do que algumas outras atrações apesar de ter um trabalho não muito inteligível para uma garotada mais nova ou para os rockeiros mais radicais.
Chegada a hora, Wander subiu ao palco e teve um desempenho nota 6. Ele estava adoentado e parece não ter conseguido levantar o público. Apenas uma pequena parcela da platéia parecia conhecer a carreira do cantor, ou até mesmo o próprio W. Wildner. O artista não queria dar entrevistas, mas depois de uma pequena insistência, consegui conversar com ele tempo o suficiente para não arrancar nada de muito glorioso do “astro”. Alegando febre e mal-estar, ele não foi muito simpático e mal saiu de sua posição blasé no sofá do camarim, com pernas cruzadas e tudo mais. Questionado sobre ter sido do Replicantes e como isso influenciava sua carreira solo, Wildner alegou que isso colabora para suas músicas, já que foi quando ele aprendeu o punk. Respostas vazias, esparsas e sem aprofundamento. Ao citar o golfe e toda a mística envolta nisso (citando até a parte “auto” biográfica do seu site) Wander quase não se lembrava desse detalhe só disse que apreciava o golfe. Sem ser gonzo, ou mesmo o personagem que criaram para o senhor de 48 anos, citado na Rolling Stones (número 17.) Wildner está mais para um ‘Fagner subversivo’, ainda assim meloso e carente, do que para a personificação da obra de Hunter S. Thompson.
Apresentação morna no festival Torneira Mecânica, no último sábado, questiona a antiga imagem de beatnik do artista gaúcho.
Não se sabe se pela gripe (que não o permitiu dar entrevistas ou ser um pouco mais simpático com a imprensa) ou simplesmente por ter adotado uma postura blasé, Wander Wildner teve uma performance intimista e sem gás para alguém que já foi comparado aos bons e velhos beatniks.
Com o seu punk brega, carregado de dissabores e dor de cotovelo, Wander subiu ao palco para fechar a noite e deixou a desejar. O show estava parado. Alguns poucos entusiastas pulavam e cantavam as músicas, enquanto o público mais novo assistia de braços cruzados o desempenho do artista. A produção acertou no som, que estava muito bom e na organização em geral. Já na escolha da atração, ponto negativo.
A estrutura era perfeita para uma grande noite e o espaço era amplo, porém quase vazio. Não sei se pelo tamanho do lugar escolhido para o festival - o Arena Futebol Clube - ou se realmente pela falta de público, tínhamos a leve impressão de que o evento não era a melhor opção para curtir o sábado.
O festival prosseguia embalado pelo som das sete bandas que se revezavam com os DJs da Criolina, o que dispersou ainda mais o público. A tenda era afastada demais do palco, o que colaborava para sustentar a desconfiança de que o evento não tinha conquistado o público. “Fica difícil subir e descer o tempo todo das tendas para o palco” afirmou Fernanda Schild, fotógrafa. Algumas das poucas reclamações foram sobre o horário de início do evento que prejudicou algumas das bandas, como a Goballa, que acabou tocando para uma platéia quase inexistente.
O show da banda The Pro foi cancelado, por motivos de saúde de um dos integrantes que não pode comparecer ao festival. Mais um desfalque. As apresentações do Watson, High High Suicides e do Etno (que até fez um apelo mal educado contra o orkut e as pessoas que usaram de má fé o nome da banda para criar comunidades e profiles falsos). foram bastante comentadas e tiveram uma energia maior do que a tão aguardada atração principal. O show da galera do Lucy and the Popsonics acabou surpreendendo. Eles conseguiram prender um pouco mais de gente na frente do palco do que algumas outras atrações apesar de ter um trabalho não muito inteligível para uma garotada mais nova ou para os rockeiros mais radicais.
Chegada a hora, Wander subiu ao palco e teve um desempenho nota 6. Ele estava adoentado e parece não ter conseguido levantar o público. Apenas uma pequena parcela da platéia parecia conhecer a carreira do cantor, ou até mesmo o próprio W. Wildner. O artista não queria dar entrevistas, mas depois de uma pequena insistência, consegui conversar com ele tempo o suficiente para não arrancar nada de muito glorioso do “astro”. Alegando febre e mal-estar, ele não foi muito simpático e mal saiu de sua posição blasé no sofá do camarim, com pernas cruzadas e tudo mais. Questionado sobre ter sido do Replicantes e como isso influenciava sua carreira solo, Wildner alegou que isso colabora para suas músicas, já que foi quando ele aprendeu o punk. Respostas vazias, esparsas e sem aprofundamento. Ao citar o golfe e toda a mística envolta nisso (citando até a parte “auto” biográfica do seu site) Wander quase não se lembrava desse detalhe só disse que apreciava o golfe. Sem ser gonzo, ou mesmo o personagem que criaram para o senhor de 48 anos, citado na Rolling Stones (número 17.) Wildner está mais para um ‘Fagner subversivo’, ainda assim meloso e carente, do que para a personificação da obra de Hunter S. Thompson.
créditos: Rayssa Tomaz
1 comment:
Olá!
Fiquei feliz de ver a minha matéria por aqui! Vou adicionar nos meus favoritos.
Beijos
Rayssa.
Post a Comment